quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Autoconhecimento e misericórdia

Seremos felizes com nossas
fraquezas pessoais
se elas nos servirem como
motores para
sermos misericordiosos
com as fraquezas dos outros!
          Todos nós temos as nossas fraquezas e isto é próprio da condição humana. Para muitas pessoas cristãs, as fraquezas são causa de muito sofimento pois entendem que seus limites impedem  o crescimento de sua amizade com Jesus. É preciso, entretanto, observarmos essa realidade a partir de uma dinâmica diferente e muito mais abrangente.
          Quanto mais consciência a pessoa tem de si, mais identifica o seu ser pecador e isto não precisa, necessariamente, ser causa de tormento. O autoconhecimento nos indica não só nossas falhas e limites, mas também tudo o que temos em nós de dons e talentos com que o Criador nos presenteou. Assim, somos portadores de fraquezas e de belezas. Todos nós!
          O exame de consciência é fundamental para quem deseja ter uma oração sincera diante de Jesus, portanto, nossas fraquezas, em vez de se tornarem motivo de angústia porque quase sempre precisamos lutar contra (ou aprender a viver com) elas durante muito tempo, podem ser um motor potentíssimo para tornar-nos mais humildes e misericordiosos com as faquezas dos outros. Essa consciência é importante porque quando sentimos a dor de nossos limites não precisamos nos tornar inflexíveis com as outras pessoas. A psicologia chama esse fenômeno de projeção.
          Ao contrário, Jesus nos ordenou que antes de apontarmos a palha no olho do irmão, devemos tirar a trave do nosso olho. Convém lembrarmos que o Divino Mestre também ensinou que devemos tratar aos irmãos da forma como gostamos de ser tratados. Seria muito bom se as nossas dores pessoais nos impulsionassem para sermos compreensivos com as dores dos outros.
          Este não seria um verdadeiro sinal de que estaríamos mais próximos do Reino de Deus?

Virgem Maria, mãe de Jesus, fazei-nos santos!
ac/isga

Leitura recomendável:


Teologia da ternura
Carlo Rochetta

A teologia da ternura supõe, de fato,
a prática da ternura, e põe em crise
um modo de ser cristão superficial,
medíocre e sem entusiasmo.

528 páginas
Coleção: Teologia Sistemática
PAULUS EDITORA

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