sábado, 19 de maio de 2012

Espiritualidade e trabalho

ac/isga 
   
O rítmo é frenético
mas o trabalho deve ser vivido
como apostolado
e não como mera exploração
de nossas forças
     A modernidade prometia reduzir nosso volume de trabalho com a inserção de inúmeros instrumentos tecnológicos, mas ao contrário disso, o que vemos é que hoje em dia estamos cada vez mais ocupados e mesmo os meios de acesso aos lugares aonde temos que ir para realizar nosso trabalho também já se tornou causa de estresse dada a situação caótica do trânsito nas grandes cidades.
     Em paralelo a isso, a vida profissional é hoje muito mais competitiva e precisamos estar em constante formação. Em outros tempos, um trabalhador podia passar a vida inteira repetindo e aperfeiçoando exatamente o mesmo trabalho que havia aprendido a fazer quando esteve nos bancos da universidade ou em cursos técnicos. Mas atualmente a substituição contínua de métodos e tecnologias de trabalho exigem que estajamos sempre estudando para atender às demandas do progresso. Não se pode parar!
     Diante desse rítmo frenético das atividades profissionais e das exigências de estudo, podemos, às vezes nos sentirmos sufocados e tristes por não encontrarmos o tempo de qualidade para atender também às nossas próprias demandas de silêncio, de paz e de oração mais profunda. Esta pode ser uma realidade que nos faz parar um pouco pra organizar o nosso tempo ou uma motivação negativa para justificarmos nossa falta de tempo para a vida espiritual. Por isso, é necessário uma reflexão sobre tempo, prioridade e gerenciamento das atividades.
A vida espiritual
e os momentos de recolhimento
 e de silêncio nos equilibram
e garantem nossa saúde
emocional.
     O próprio trabalho, diz Alberione, pode ser entendido como oração, como apostolado e como forma de crescimento cristão e humano. Mas trabalhamos para viver e não vivemos para trabalhar. Somos pessoas humanas e como tal precisamos cuidar da nossa saúde física, psíquica e espiritual e atentar para a necessidade de vivermos em equilíbrio entre aquilo que podemos dar de nós e aquilo que precisamos dar para nós mesmos, no sentido de nos alimentarmos bem material, intelectual e espiritualmente, pois sempre só poderemos dar aquilo que temos!
     Jesus foi trabalhador. São Paulo trabalhou com as próprias mãos para não ser pesado a ninguém, e cada um de nós deve dar graças a Deus por seu trabalho profissional e realizá-lo com alegria verdadeira. O trabalho deve ser entendido como a nossa realização enquanto pesoas que estão empenhadas na construção do Reino de Jesus. Trabalho vivido como uma pregação prática das coisas que acreditamos e que aos poucos vamos procurando tornar realidade.
     Mas é preciso o tempo de silêncio. O encontro diário com Jesus é fundamental para encontrarmos esse equilíbrio entre trabalho e oração já que Ele é a videira e nós os ramos e que sem Ele nada podemos fazer.

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