sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Setembro, mês de Bíblia

Carlos Eduardo Belchior, postulante isga
 
Conforme o CIC, 1346,
'A liturgia eucarística processa-se em conformidade com uma estrutura fundamental, que se tem conservado através dos séculos até aos nossos dias. Desdobra-se em dois grandes momentos, que formam basicamente uma unidade:
– a   reunião, a liturgia da Palavra, com as leituras, a homilia   e a oração universal;
– a liturgia eucarística, com a apresentação do pão e do vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão.’
     Podemos depreender deste fundamento que a Santa Missa não pode prescindir da Palavra, embora limitemos nossa compreensão da liturgia eucarística como sendo unicamente a Eucaristia, isto é, Jesus presente com Seu corpo, sangue,  alma e divindade nas espécies do pão e do vinho. Ocorre que a Palavra não é disjunta deste mistério eucarístico, pois como nos narra São João (1, 1-4.10a.14), "No pincípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. No princípio estava ela com Deus. Tudo foi feito por ela e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
     A Palavra estava no mundo - e o mundo foi feito por meio dela.
     E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós comtemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como filho unigênito, cheio de graça e de verdade."
Por isso, contemplar a Palavra é contemplar o próprio Cristo! Se quisermos, então, conhecer melhor a Deus, devemos conhecer melhor a Sua Palavra.
     Conta-nos o evangelista São Lucas que, também Maria - que, sabemos, é modelo de oração e de escuta da Palavra -, diante da saudação do Anjo, "ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o seu significado" (1,29). Ora, se a Mãe de Nosso Senhor é capaz de inquietar-se com a mensagem que Deus lhe comunica, o que dizer de nós, tão miseráveis da graça da qual Maria é plena? E porque a Santíssima Virgem prontamente acolheu a vontade do Senhor no seu  "Fiat mihi secundum verbum tuum!" (1, 38b), é que foi aclamada por Isabel "Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu" (1,45).
     Nesta mesma fé, seremos felizes por procurar a Deus de todo coração e não abandonar a Sua Palavra (Sl 118, 10).

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