Alex Ferreira, postulante isga
Queridos (as) amigos (as) estamos mais uma vez unidos através da
escrita. É com grande alegria que escrevo para o blog de nosso Instituto. Abordarei
neste escrito o legado social da JMJ, pincelando a Doutrina Social da Igreja.
Quis o Kairós de Deus estamos realizando a Jornada Mundial da Juventude,
ocorrendo entre os dias 23 e 28 de julho passado, na cidade de São Sebastião do
Rio de Janeiro.
Com isso coloquei-me em reflexão sobre que aspecto social podemos
revelar em meio a tantas experiências espirituais ocorrida entres os peregrinos
da JMJ. Vou destacar o seguindo ponto: a inauguração de um novo complexo para internação
de dependentes químicos no Hospital São Francisco de Assis, na Usina, zona
norte da capital carioca. Muitos falam que a JMJ é um encontro de jovens onde
acontecem formações, palestras, adorações, louvores, shows musicais, via-sacra
entre outras, mais bem se ressaltou a inauguração desta ala no Hospital São
Francisco. O próprio Papa Francisco esteve no local para abençoar e transmitir
palavras de incentivo a todos ali presentes, entre eles jovens em processo de
dependência química.
Muitos se
perguntaram qual o papel da Igreja neste contexto. É uma explicação quase óbvia,
quando olhamos para o Evangelho, onde o Senhor e Mestre, nos diz que veio para
que todos tenham vida e vida em abundância (Jo 10, 10), seguindo os passos do
Mestre, a Igreja Discípula Missionária parte em busca desse desejo do Senhor,
lutando constantemente contra qualquer forma de exclusão social, aqui em
evidência os excluídos pela dependência química. Não é de se estranhar a
posição da Igreja, muito menos colocamos como algo extraordinário que um papa
se mostre um servidor, já que o próprio Senhor e Mestre o fez em sua vida.
O que
desejo colocar em foco é algo que vem sendo ressaltado deste o Documento de
Aparecida: A Igreja é servidora e tem opção preferencial pelos pobres. E
são esses pobres que queremos acolher no seio maternal da Igreja. Como bons
samaritanos que passam a beira da estrada e socorre o enfermo. Em contexto
social em nossos dias quais seriam nossos enfermos? O que poderíamos fazer para
acolhê-los entre nós e com eles celebramos a Páscoa do Senhor? O grande legado
da JMJ, além da inauguração da ala para dependentes químicos será a
conscientização que todos somos partes fundamentais para a construção da
sociedade, conforme homilia proferida por Papa Francisco em Aparecida.
Sejamos
firmes e confiantes, pois um só é o Pastor, e Ele nos conduz pelas estradas da
vida.
PARA SABER MAIS:
O Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (PAI)
ocupará um prédio de quatro andares no complexo hospitalar e está orçado em
cerca de R$ 2,5 milhões, que foram bancados com recursos da Conferência
Episcopal Italiana. Todos os 80 leitos de internação planejados deverão estar
funcionando até o fim do ano, segundo a administração do hospital. Há um grande
déficit de vagas para esse tipo de tratamento. "Estimamos que existam 600
mil dependentes químicos no Rio de Janeiro, mas a rede do SUS (Sistema Único de
Saúde) conta com apenas 20 leitos de internação para casos mais graves",
afirmou o médico psiquiatra Ítalo Marsili, diretor executivo do projeto.
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