quinta-feira, 25 de julho de 2013

O legado social da JMJ


Alex Ferreira, postulante isga




Queridos (as) amigos (as) estamos mais uma vez unidos através da escrita. É com grande alegria que escrevo para o blog de nosso Instituto. Abordarei neste escrito o legado social da JMJ, pincelando a Doutrina Social da Igreja. Quis o Kairós de Deus estamos realizando a Jornada Mundial da Juventude, ocorrendo entre os dias 23 e 28 de julho passado, na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Com isso coloquei-me em reflexão sobre que aspecto social podemos revelar em meio a tantas experiências espirituais ocorrida entres os peregrinos da JMJ. Vou destacar o seguindo ponto: a inauguração de um novo complexo para internação de dependentes químicos no Hospital São Francisco de Assis, na Usina, zona norte da capital carioca. Muitos falam que a JMJ é um encontro de jovens onde acontecem formações, palestras, adorações, louvores, shows musicais, via-sacra entre outras, mais bem se ressaltou a inauguração desta ala no Hospital São Francisco. O próprio Papa Francisco esteve no local para abençoar e transmitir palavras de incentivo a todos ali presentes, entre eles jovens em processo de dependência química.

Muitos se perguntaram qual o papel da Igreja neste contexto. É uma explicação quase óbvia, quando olhamos para o Evangelho, onde o Senhor e Mestre, nos diz que veio para que todos tenham vida e vida em abundância (Jo 10, 10), seguindo os passos do Mestre, a Igreja Discípula Missionária parte em busca desse desejo do Senhor, lutando constantemente contra qualquer forma de exclusão social, aqui em evidência os excluídos pela dependência química. Não é de se estranhar a posição da Igreja, muito menos colocamos como algo extraordinário que um papa se mostre um servidor, já que o próprio Senhor e Mestre o fez em sua vida.

O que desejo colocar em foco é algo que vem sendo ressaltado deste o Documento de Aparecida: A Igreja é servidora e tem opção preferencial pelos pobres. E são esses pobres que queremos acolher no seio maternal da Igreja. Como bons samaritanos que passam a beira da estrada e socorre o enfermo. Em contexto social em nossos dias quais seriam nossos enfermos? O que poderíamos fazer para acolhê-los entre nós e com eles celebramos a Páscoa do Senhor? O grande legado da JMJ, além da inauguração da ala para dependentes químicos será a conscientização que todos somos partes fundamentais para a construção da sociedade, conforme homilia proferida por Papa Francisco em Aparecida.

Sejamos firmes e confiantes, pois um só é o Pastor, e Ele nos conduz pelas estradas da vida.  

 

PARA SABER MAIS:
O Polo de Atenção Integral à Saúde Mental (PAI) ocupará um prédio de quatro andares no complexo hospitalar e está orçado em cerca de R$ 2,5 milhões, que foram bancados com recursos da Conferência Episcopal Italiana. Todos os 80 leitos de internação planejados deverão estar funcionando até o fim do ano, segundo a administração do hospital. Há um grande déficit de vagas para esse tipo de tratamento. "Estimamos que existam 600 mil dependentes químicos no Rio de Janeiro, mas a rede do SUS (Sistema Único de Saúde) conta com apenas 20 leitos de internação para casos mais graves", afirmou o médico psiquiatra Ítalo Marsili, diretor executivo do projeto.


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