terça-feira, 24 de julho de 2012

Espiritualidade

Paulo Henrique

          Espiritualidade é muitas vezes confundida com orações e práticas piedosas mas é muito mais profundo do que isso, muitas vezes as orações podem não fazer parte de uma espiritualidade autêntica, mas por outro lado uma espiritualidade autêntica não pode existir sem oração.
           Espiritualidade é o seguimento de Jesus Cristo, radical e espontâneo, é fazer da sua vida a opção dele, entrar na presença de Jesus de forma que como diz São Paulo "Não sou eu quem vivo mas é Cristo que vive em mim", fazer a opção por Jesus Cristo e de Jesus Cristo. A opção por Jesus Cristo é fazer da sua vida um reflexo da vida dele, e ser não apenas mensageiro mas transportador do amor de Deus, é ser profeta não com as palavras mas com o testemunho. A opção de Jesus Cristo é a opção pelos pobres e pequeninos, pelos excluídos da sociedade, transformar a sua opção por Jesus Cristo em amor-ação, já dizia São Tiago "A fé sem obras é morta" (Tiago 2:14-22).
           Portanto ser espiritual é transformar a vida em missão, colocar-se com Cristo na cruz, dar a vida a Cristo só por amor, fazer da sua vida um reflexo da vida de Jesus. A oração surge desta relação intima e espiritual de Jesus como alimento, como conversa com o amado, da mesma forma que um noivo conversa com sua noiva na noite do casamento assim é a oração de uma pessoal espiritual com Jesus, a oração brota do coração e cada recitação é única e cheia de vida.
         

Um comentário:

Prof. Francisco Castro disse...

"A opção de Jesus Cristo é a opção pelos pobres e pequeninos, pelos excluídos da sociedade,"

Acrescento que a opção de Jesus foi também e bem maior pelos pecadores, pelos humildes de verdade, aqueles que não põe na posse dos bens da terra a sua confiança, porque a vida do homem não está nos bens que possui. A maior opção de Jesus foi pela soberania absoluta de Deus no coração de Ricos e pobres. Nenhuma pessoa é pequenino mesmo se excluída se traz em sua coração o despeito , a inveja pelo bens do outro, a vontade de ficar rico e poderoso. Não basta ser pobre é preciso ser humilde de verdade, confiar unicamente em Deus e acima de tudo reconhecer-se pecador e necessitado de salvação.