sábado, 18 de agosto de 2012

Eleições: separar o joio do trigo

Anselmo, isga

     De 21 de agosto até 4 de outubro irão ao ar os programas do horário eleioral obrigatório em rádio e tv. Este é um período importante para nossa vida de cidadãos, mas podemos também afirmar que se trata de um momento de boas reflexões no campo da nossa fé, das nossas esperanças e do nosso amor pelas pessoas.
     Para muitos, estes programas não merecem crédito algum pois cada partido ou candidato apresenta seus "pontos positivos" e suas plataformas políticas enquanto deplora o oponente e critica gestões que estejam fora de seus palanques. De todo modo, é importante que possamos assistir a esses programas, não como meros espectadores, mas como cidadãos críticos e livres, capazes de realizar sobre eles uma reflexão mais lúcida e a partir de pressupostos claros.
     É importante e necessário comparar o que dizem com o que fazem. A maioria dos candidatos, se não busca a reeleição, são pessoas com uma história política. Pensemos bem: O que eles estão dizendo tem relação verdadeira com o que apresentam em sua história? Os que estão terminando um mandato e pleiteando reeleição foram fiéis às últimas promessas? Foram gestores democráticos e mantiveram canal aberto com a população? Houve honestidade, lisura e progresso durante seus mandatos? A que interesses prioriariamene eles serviram?
     O voto não é apenas uma obrigação, mas um direito e tem consequências muito importantes para a vida da sociedade. Enquanto cristãos queremos o bem, buscamos o bem. Assim, devemos entender o compromisso das eleições como um verdadeiro apostolado. Muita coisa depende da política e não podemos ser ignorantes quanto a isso.
     A melhoria da qualidade de vida das pessoas; a aprovação de leis que valorizam e ampliam os direitos humanos; o avanço nos serviços de segurança, saúde e educação, etc., são sempre os mais repetidos argumentos que se ouvem nas campanhas eleitorais. Existem candidaos bons e candidatos ruins. Mas quem decide quem vai nos representar somos nós mesmos!
     Na qualidade de bons cristãos a nossa responsabilidade é muito maior. Sejamos cidadãos críticos e reflexivos e peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a saber separar o joio do trigo.

Gabrielinos:
Homens leigos consagrados para anunciar o Evangelho
no mundo secular.

Leia na página de artigos o texto do Mons. Vitaliano Mattioli
sobre o Concílio Vaticano II

     

3 comentários:

Prof. Francisco Castro disse...

Devemos ver quais os candidatos que defendem a Vida desde a concepção até a morte natural. Que defendam a familia formada unicamente por um homem e uma mulher e com vinculo indissolúvel. Que respeitem a Igreja Católica, sua doutrina e suas festas; se o Brasil enquanto governo é laico , o Brasil enquanto nação é católico. Democracia não é sinônimo de voto universal. Democracia de verdade é sinônimo de justiça e leis justas para todos. A democracia verdadeira possibilita o acesso aos bens materiais para todos. Infelizmente fizeram das campanhas políticas um farra de torcida. Só vemos panfletos, bandeiras, carreatas e povo parece estar num estádio de futebol torcendo por seu time. Uma verdadeira democracia não OBRIGARIA ninguém a votar, porque eu como cidadão, tenho o direito de não escolher ninguém para governar, se os candidatos vão de encontro aos meus princípios e a minha fé; se ambos são corruptos e demagogos. E não venham me dizer que depois eu não possa cobrar uma boa gestão dos políticos eleitos porque não votei. Nenhuma pessoa deixa de ser brasileiro, cearense ou cidadão de seu município por não ter votado. Continuamos a pagar os impostos para os governos das tres esferas: Municipal, estadual e Federal. Então tenho o direito de sim de recusar um sistema político corrupto e ao mesmo tempo exigir uma gestão honesta e que acima de tudo respeite e faça cumprir a lei de Deus. Católico de verdade não vota pensando apenas no social, no fim da miséria, numa igualdade absoluta entre todos em detrimento da fé e dos direitos da Igreja e da lei de Deus. Não defende nenhuma ideologia ateia e materialista. Primeiro servir a Deus, e por amor, buscar o seu reinado na sociedade e tudo o mais nos será dado como acréscimo.

Gabrielinos disse...

Penso que católico de verdade não desliga a lei de Deus e os direitos da Igreja dos aspectos e necessidades sociais. É vontade de Jesus, nosso Senhor, QUE TODOS TENHAM VIDA EM ANUNDÃNCIA. Quando falo no social e na igualde de direitos estou falando da Igreja povo de Deus, a quem Jesus Cristo ama e por quem Ele deu a vida.
"Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais".

Anselmo Cabral, isga

Unknown disse...

Todos devem pensar em política, não somente como política partidária, mas como uma extenção de nosso próprio lar. A distância deste tema é uma alienação perigosa e proveitosa àquele que se utilizam deste veículo para destruir o que temos de mauis lindo em uma democracia, assim como no Brasil: nossa liberdade de expressão e pensamento