quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O apostolado dos Gabrielinos no novo tempo

ac/isga
Comunicação do I Encontro dos Gabrielinos do Nordeste
 
Antes de mais nada precisamos compreender o que estamos chamando de novo tempo. Para nós, a expressão ‘novo tempo’ tem o mesmo significado que nos foi inspirado pelo Concílio Vaticano II e que também aparece na mentalidade do nosso fundador quando fala da necessidade da Família Paulina se manter sempre atualizada do ponto de vista das técnicas, mas também, sobre a compreensão sempre mais lúcida a respeito de como se apresentam os homens e as mulheres de cada contexto histórico e quais as melhores formas de falar de Deus a esses homens e mulheres que, conforme a história avança, vão se tornando diferentes, não apenas nos diferentes tempos mas também nos diferentes lugares e culturas.
O Papa Francisco, em recente visita ao Brasil por ocasião da 28ª Jornada Mundial da Juventude, nos deixou clara essa necessidade de comunicação, de sair de nós mesmos, de sairmos de dentro dos templos e irmos às pessoas, às periferias, aos pobres. Este é o ‘novo tempo’, sempre o mesmo tempo, de voltarmos às origens da Igreja, para continuarmos falando aos primeiros e verdadeiros destinatários da palavra de Deus: os pobres.
Simultaneamente, este ‘novo tempo’ também deve ser entendido como um tempo de velocidade, de criatividade, de espiritualidade, de amor pelo outro, seja ele quem for, e de desejo de que as realidades humanas sejam sempre mais conforme o pensamento de Deus. Neste sentido também é muito útil para nós pensamos como São Paulo: a salvação é para todos; o anúncio é para todos, e este anúncio não é de julgamento, nem de condenação, é um anúncio de amor. Único anúncio capaz de trazer as pessoas para perto de Deus, do Deus que as ama e não do Deus que as castiga. Por isso o cuidado que devemos ter com a nossa linguagem. Uma mesma verdade pode ser dita de forma que atrai e redime ou de uma outra forma que ofende e exclui.
O Papa Francisco chamou a atenção para o fato de que “os pastores precisam ter o cheiro das ovelhas”. Somente nos aproximando das pessoas a ponto de trazermos em nós o seu cheiro (o cheiro das suas necessidades e sofrimentos que tantas vezes são também as nossas próprias necessidades) poderemos fazer presente a quem está perto de nós o calor da mensagem de Jesus Cristo, que não é uma ideia abstrata é uma Pessoa. Isto tudo não nos permite deixar de fazer uma leitura da realidade sem uma aproximação aos conhecimentos mínimos da psicologia cristã e do envolvimento e do comprometimento social e cidadão.
O ‘novo tempo’ para nós, hoje, é também caracterizado pela possibilidade de chegarmos às pessoas mais distantes através dos meios de comunicação. Há pouco tempo atrás para se usar um meio de comunicação de massa (mass-media) era preciso ser um jornalista, um publicitário ou um marqueteiro profissional. Com o avanço da informática, hoje em dia qualquer pessoa pode fazer uso de um blog, de um site, de uma conta do facebook ou do twitter, por exemplo.
A nossa vocação de comunicadores nos obriga a também usarmos, com qualidade, desses meios de comunicação que o mundo moderno nos oferece.

Um comentário:

Francisco Castro disse...


Sim devemos assumir uma linguagem atual e novos métodos, para fazer chegar todos a Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje e sempre, a a mesma doutrina tão antiga e sempre nova de Nossa Senhor Jesus,que recebemos da Santa Igreja.